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sábado, 26 de outubro de 2024

Receita Federal anuncia importante medida no combate a venda de vapes





A Receita Federal anunciou uma medida importante para combater a venda de cigarros eletrônicos ilegais, os conhecidos vapes.

 A partir do dia 26 de outubro, estabelecimentos que forem flagrados comercializando esses produtos terão seus CNPJs suspensos imediatamente. 
A decisão faz parte da política de “tolerância zero” da Receita contra produtos contrabandeados, visando proteger a saúde pública.
 
O uso de vapes está proibido no Brasil desde abril pela Anvisa.
🔗 Saiba mais na matéria completa: https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/receita-vai-suspender-cnpj-de-lojas-que-venderem-cigarros-e-vapes-ilegais/

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Aécio fala da ascensão e queda do atual governo






Ascensão e Queda

Aécio Neves / Folha de São Paulo


Em 2008, quando o Brasil recebeu da agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) o grau de investimento, o então presidente Lula e todo o seu governo comemoraram.

Era o reconhecimento de que somos "um país sério, que tem políticas sérias, que cuida de suas finanças com seriedade", disse Lula. Semana passada, a mesma instituição alterou a perspectiva da nota de crédito do Brasil para negativa.


Em bom português, corremos o risco de perder o selo de bom pagador conferido pelo grau de investimento. Isso não é pouco. Goste-se ou não dessas agências, elas influenciam o mundo dos negócios e o mundo da economia.


O rebaixamento do Brasil tende a provocar um movimento perturbador em cadeia. Empresas (e até estados e municípios) também são impactados. Outras agências de classificação podem seguir o procedimento e, se duas cortam a nota, vários fundos estrangeiros tendem a retirar os recursos do país.


Resultado: alta do dólar, juros mais altos, empresas retraídas, aumento do desemprego. É um cenário de muitas perdas.


O selo de bom pagador não foi uma benesse gratuita. O Brasil fez com rigor o seu dever de casa, desde a implantação do real. Contas públicas sob controle, transparência, Lei de Responsabilidade Fiscal, foram muitos os degraus que subimos, gradualmente, até vir a merecer a confiança de investidores e o respeito da comunidade internacional. O governo petista vem se encarregando de destruir esse legado.



A má gestão da política econômica e a corrupção voraz como pilar de um projeto de poder foram letais para a saúde do país. O resultado é essa conta salgada nas costas da sociedade: recessão, inflação beirando os dois dígitos, inadimplência elevada, conquistas sociais em risco.


São muitos os sonhos que se perdem quando um governo erra tanto. A compra do apartamento, a escola melhor para o filho, o novo plano de saúde, a troca do carro, tudo se esvai.


E o que faz o governo? Nada à altura do problema que ele mesmo criou. Aliás, o governo sequer assume que errou. Não vem a público falar da gravidade da situação e do que pretende fazer. Ao contrário, continua a vender quimeras.


A presidente anuncia que a crise será breve no mesmo dia em que o governo apresenta um rombo inédito em suas contas públicas. No mesmo dia em que se anunciam mais cortes em áreas essenciais como educação e saúde.

Salta aos olhos o desajuste entre o discurso oficial e a realidade. Assim, realmente, não há como reconquistar a confiança de ninguém. Nem de agências internacionais, nem, principalmente, dos brasileiros. Em sete anos, o que o Brasil mais perdeu foi credibilidade, em grande parte porque ainda hoje o governo nos tem privado da verdade.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Aécio em artigo, diz que Dilma já não sabe mais o que dizer ao Brasil



Fonte: Folha de S.Paulo online

Link: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/aecioneves/2014/03/1429786-ja-deu.shtml

Já deu! – Aécio Neves

Protagonista de um governo refém dos interesses do regime de aparelhamento que se abateu sobre o Estado nacional, a presidente Dilma Rousseff já não sabe mais o que dizer ao Brasil, além de terceirizar responsabilidades.

Atônitos, os brasileiros são informados que, em poucos anos, a 12ª maior empresa do mundo foi transformada na 120ª e começam a perceber que, infelizmente, a PTrobras, longe de ser uma exceção, é o retrato do governo sob o comando do PT.

Incapacidade de gestão e planejamento. Desvios e suspeições. Excesso de compromisso com os companheiros, falta de compromisso com o país.

De um lado, a gravidade das revelações objetivas que vêm à tona e fazem a realidade superar as versões, que, antes sussurradas no meio político, já pareciam inverossímeis.

De outro, a vaidade e a onipotência daqueles que parecem acreditar que somos, os brasileiros, um conjunto de tolos.

O que se tornou conhecido por todos recentemente já era, há muito, de domínio do governo. Por que, então, por exemplo, só agora o diretor que passou a ser o bode expiatório do escândalo foi demitido?

Por que personagens das páginas policiais estiveram, até ontem, protegidos em posições de extrema confiança?

O que mudou? O que transformou um bem feito num malfeito foi apenas a percepção da sociedade? Que governo é este que só age ou ensaia providências quando é confrontado pela opinião pública?

De onde vem tanta arrogância, que faz com que os representantes do PT tripudiem sobre a percepção dos brasileiros?

Primeiro, inventaram os "recursos não contabilizados". Na semana passada, o presidente do Banco Central chamou de mera "realocação contábil" a iniciativa da Caixa de lançar os recursos confiscados dos correntistas como lucro. Agora, na ausência de um mordomo, a culpa parece ser do "relatório".

Os brasileiros vêm sendo desrespeitados todos os dias por ações concretas, sempre envoltas em coincidências demais e transparência de menos, mas também pela forma com que o governo responde a elas.

Estamos cansados de ver o interesse público e coletivo, razão de ser da própria República e da democracia, confundido com os interesses privados e os projetos individuais de poder de pessoas e de partidos.

Uma coisa são os desafios da nação. Outra, são os problemas criados pelo governo.

O governo que o eleitor escolheu para ser solução se transformou no principal problema do país. A verdade é que o governo colocou o Brasil no caminho errado -é simples assim. E o Brasil precisa voltar para o caminho certo.

Precisamos de um governo que volte a ser solução.

Entre a indignação, a revolta e o cansaço diante de repetidos absurdos, o sentimento geral dos brasileiros é um

só: já deu!

AÉCIO NEVES escreve às segundas-feiras nesta coluna.
http://dtopsmisto.blogspot.com

segunda-feira, 10 de março de 2014

Amigos prestam homenagens a Aécio Neves em seu aniversário - Vídeo



Durante uma semana, amigos do senador mineiro e presidenciável do PSDB divulgarão mensagens na internet com felicitações pelo seu aniversário, com nomes como o de Ronaldo fenômeno, além do ex-ministro Gilberto Gil, Ziraldo, Cacá Diegues, Zezé di Camargo, Fernanda Abreu e Ferreira Gullar

247 – O senador mineiro e presidenciável tucano Aécio Neves conseguiu uma grande “tacada” de exposição no jogo pela disputa de 2014. Em comemoração aos seus 54 anos, que completa neste dia 10 de março, um time de atletas, atores e até personalidades ligadas ao PT se reunem em vídeo.

Durante uma semana, serão divulgados mensagens na internet com felicitações de nomes como Ronaldo fenômeno, ex-ministro Gilberto Gil, Ziraldo, Cacá Diegues, Zezé di Camargo, Fernanda Abreu e Ferreira Gullar.

Parte dos depoimentos não tem conotação política. Outros, são mais explícitos, como a mensagem da atriz Maitê Proença que diz: "estou contigo"; ou de Henrique Portugal, do grupo Skank: "Espero que consiga marcar muitos gols dentro e fora do campo. Mas tem um campo que a gente está de olho aí (...), talvez ano que vem."

Assista o primeiro da série:

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Aécio: " Os manifestantes se insurgem contra os aproveitadores"



Fonte: Folha de S.Paulo - 01/07/2013 - Coluna de Aécio Neves
Link para assinantes: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/116749-classe-media.shtml

Classe média


Aécio Neves

Se os partidos brasileiros, sem exceção, saem politicamente abalados do saudável vendaval de passeatas no país, um deles certamente se ressente mais: o PT.

A presença maciça da classe média no movimento de protesto coloca em xeque, com mais ênfase, as contradições do partido.

Pressionado a oferecer respostas ao país, o governo federal improvisou uma constituinte restrita, rapidamente abandonada, e busca, por meio da proposta de um plebiscito de complexa elaboração, aprovar uma agenda que interessa muito mais ao PT do que ao Brasil.

Assim, o governo federal patrocina manobras que visam tirar o foco das legítimas reivindicações apresentadas pela população, oferecendo justamente mais daquilo de que os brasileiros demonstram estar fartos: desrespeito.

No recente evento dos dez anos do PT, a filósofa petista Marilena Chaui afirmou, sob aplausos, que odiava a classe média. E explicou: "A classe média é estupidez. É o que tem de reacionário, conservador, ignorante, petulante, arrogante, terrorista. É uma abominação política, porque ela é fascista, uma abominação ética, porque ela é violenta, e é uma abominação cognitiva, porque ela é ignorante".

O leitor ficou chocado? O vídeo está no YouTube. Juntando-se essa fala raivosa e os protestos nas ruas, a conclusão é inevitável: o PT não gosta da classe média e por ela parece estar sendo correspondido na rejeição.

Os jovens questionam a forma tradicional de fazer política quando gritam: "O povo unido governa sem partido". A grande maioria deles nada tem de fascistas ou reacionários. Estão apenas expressando suas compreensíveis frustrações. Os manifestantes se insurgem contra os aproveitadores que viraram políticos, políticos que se elegeram governantes, governantes que se esbaldaram na corrupção, corrupção que impede a melhoria do transporte, da saúde e da educação. Uma ciranda como no poema de Drummond cujo nome é "Quadrilha", muito a propósito.

Um bom contraponto à intolerância de Marilena Chaui é um texto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de 2011. Nele, foi enfatizada a necessidade de maior diálogo com a classe média: "O caminho não se constrói apenas por partidos políticos, nem se limita ao jogo institucional. Ele brota também da sociedade, de seus blogs, tuítes, redes sociais, da mídia, das organizações da sociedade civil, enfim, é um processo coletivo. Não existe só uma oposição, a da arena institucional; existem vários focos de oposição, nas várias dimensões da sociedade".

Com 82 anos de idade, Fernando Henrique com certeza faria bonito na avenida Paulista, na Rio Branco ou na Afonso Pena dos dias de hoje.

AÉCIO NEVES escreve às segundas-feiras nesta coluna
http://dropsmisto.com

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Aécio defende em congresso maior poder para os municípios




O senador Aécio Neves (PSDB-MG) esteve em Santos, nesta quinta-feira (4/04), onde falou sobre a Federação brasileira durante o 57º Congresso Paulista de Municípios. O senador participou do evento atendendo a convite do governador Geraldo Alckmin.


Também estavam presentes o presidente da Associação Paulista de Municípios, Celso Giglio, que organizou o evento, o prefeito de Santos, Paulo Barbosa, e o presidente do PSDB-SP, deputado estadual Pedro Tobias.

Aécio Neves foi a Santos acompanhado dos deputados federais Duarte Nogueira, Vanderlei Macris e Bruno Araújo. Na chegada ao Congresso, o senador e o governador foram recebidos com euforia pelo público, prefeitos, vereadores e secretários municipais.

Veja abaixo os principais trechos do discurso do senador Aécio Neves:

Federação

“A razão maior de muitas mazelas que vivemos hoje no Brasil em absolutamente todas as áreas, seja na saúde, na educação, na segurança pública e em tantas outras, existem exatamente em razão da fragilização da Federação, algo que ocorre ciclicamente desde a proclamação da República”.

“A tese do municipalismo é a tese da responsabilidade. É a tese daqueles que querem viver em uma Federação, e não em um Estado unitário. Rui Barbosa dizia que era o Império caíra não por ser Império, mas por não ser federalista, não ter uma visão ampla e universal do que é o Brasil. Quanto mais descentralizado, mais bem gasto é o recurso, pois ele é fiscalizado mais de perto pela população. Quando mais centralizado, maior é o desperdício, para não dizer que maiores também são os desvios”.

“Não há nada mais urgente hoje no Brasil que refundarmos a Federação. Hoje, recaem sobre as costas, sobre as responsabilidades municipais, encargos cada vez mais vultuosos e expressivos, enquanto não há garantia sequer de que os municípios receberão as receitas previamente programas, seja em razão da queda da participação, a partir das desonerações, de IPI e Imposto de renda, seja por inúmeros outros fatores”.

Contribuições x impostos compartilhados

“Quando cheguei à Constituinte, ao lado do governador Geraldo Alckmin, as contribuições, que são impostos arrecadados exclusivamente pelo governo central, sem que sejam divisíveis com estados e municípios, representavam não mais que 20% de tudo que se arrecadava com IPI e Imposto de Renda, os impostos que compõem a cesta a ser compartilhada com estados e municípios. Passaram-se os anos, as contribuições foram crescendo. Em razão de inúmeras desonerações e outros fatores conjunturais, IPI e Imposto de Renda foram perdendo proporcionalmente peso na arrecadação. Hoje o que se arrecada com contribuições e Imposto de Renda mais ou menos se equivale”.

“Existe proposta de minha autoria tramitando já há dois anos no Senado que não impede o governo federal de fazer determinadas isenções para setores da economia que julgue adequadas. Mas não pode continuar fazendo essas bondades setoriais com o chapéu dos municípios e dos estados. Isso virou regra no atual governo e não apenas uma exceção”.

Pacto Federativo no Congresso Nacional

“Vivemos quase em um Estado unitário. E registro como senador da República, todas as iniciativas no Congresso Nacional que têm buscado recuperar receitas, recursos diretos aos municípios e aos estados, não têm encontrado em boa parte do Congresso e por parte do governo federal a acolhida que precisaríamos ter”.

“Há poucas semanas, o próprio governador Alckmin esteve em Brasília fazendo a mesma proposta que o PSDB e outros atores da política brasileira vêm fazendo. Todas as questões que tenham a ver com a Federação, renegociação de dívida dos estados, discussão sobre royalties, novas regras de tributação de ICMS, a Lei Kandir, a legislação de comércio eletrônico, as novas regras do FPE, deveriam estar sendo discutidas de forma coordenada pelo governo federal, para que eventuais perdas pudessem ter compensação”.

Miséria

“Não acho que um país sério possa achar razoável que se possa acabar com a miséria por decreto. Um país com tantas carências de saneamento, de educação de qualidade, de saúde básica, não pode se dar a esse luxo”.

Saúde

“É difícil encontrar um município, sabem os prefeitos, que invista menos que 20%, 25% de, suas receitas em saúde, porque a omissão do governo é grave. Há 10 anos, o governo federal participava com 46% de tudo que se investia em saúde pública no Brasil. Hoje, o governo federal participa com 36% apenas. E essa conta ficou para municípios e estados. Já que os municípios participam constitucionalmente com 15% de seus recursos em saúde, os estados com 12%, que a União participasse com 10%. Não conseguimos ter êxito.”

Saneamento

“Em saneamento, em 2012, mais uma vez as empresas de saneamento do Brasil inteiro somadas gastaram mais em pagamento de impostos do que em obras de saneamento. E hoje mais de 50% da população brasileira vive sem saneamento adequado. Nada mais razoável do que fazer o que foi prometido na campanha eleitoral: desonerar as empresas de saneamento do PIS/Cofins para que elas possam diretamente definir suas prioridades e fazer os investimentos que, obviamente, ocorrem nos municípios”.

“Mas a lógica do governo tem sido não irrigar diretamente estados e municípios e, na outra ponta, oferecer convênios ou parcerias, muitas delas difíceis de se concretizar. O governo prefere o caminho da dependência permanente”.

Segurança Pública

“Segurança pública é tema que não é mais exclusividade das grandes cidades, porque hoje se alastra com a questão da droga, em especial do crack, por todos os municípios brasileiros. São Paulo tem, a partir da ação do governador Geraldo Alckmin, uma política exemplar nessa direção”.

“Ouço muita propaganda sobre a participação do governo federal nessas questões. Talvez eu surpreenda ao dizer que, no ano passado, 87% de tudo que se gastou em segurança pública no Brasil, vieram de municípios ou estados. O governo federal não executou sequer 24% do orçamento aprovado – não digo de um recurso ilusório, que não existia. No orçamento aprovado pelo Congresso no exercício de 2012, foi de 24% a execução na área de segurança”.

“Apresentamos proposta que garante a transferência de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública e do Fundo de Segurança mensalmente por estados da federação por critérios republicanos, como população comparada aos índices de criminalidade. Para que o governador possa saber com que parcela de recursos da União ele conta e possa fazer as transferências para os municípios”.
http://blog.psdb-mg.org.br/blog/2013/04/04/aecio-defende-municipios-em-encontro-com-prefeitos-em-sao-paulo/

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Aécio homenageia em artigo o amigo Fernando Lira

Aécio Neves e Fernando Lira ( D.A. Press)



Fonte: Folha de S.Paulo - 18/02/2013 - Coluna de Aécio Neves Link para assinantes: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/94384-fernando-lyra.shtml

Fernando Lyra


Aécio Neves

Fernando Lyra foi um dos melhores homens públicos do Brasil contemporâneo.

Conheci-o nos primeiros dias do governo de Tancredo, em Minas, quando ficamos amigos. Testemunhei sua dedicação à causa nacional naquele trecho de história, que nos devolveu a soberania sobre o Estado brasileiro.

Tancredo tinha amigos e correligionários. Mas também alguns poucos correligionários a quem ele dedicava afetuosa amizade. Lyra era um deles. Lembro-me de como gostava da sonora gargalhada de Fernando e como se divertia com as interjeições próprias do sertanejo que ele era, quando uma notícia o espantava. Qualquer que fosse a dificuldade do momento, o seu otimismo intransigente amenizava a conjuntura negativa.

Ele teve papel fundamental no processo político que garantiu a reconquista da democracia no país. Com a derrota da emenda Dante de Oliveira, foi preciso mudar o campo de batalha, para que nos mantivéssemos fiéis à causa da reconstrução democrática.

Lyra dedicou horas a fio em conversas com membros do Colégio Eleitoral, procurando convencê-los de que o Brasil vivia uma nova hora. Enquanto as ruas gritavam o nome de Tancredo, Fernando o sussurrava, nos corredores do Congresso e nos encontros que varavam noites. Assim, foi construindo uma sólida base para que se cumprisse o que ele antevia -o fim da longa noite do regime de exceção e o amanhecer de um novo tempo.

Alguns dias antes da posse incumbiu-me o presidente eleito de convocar os que seriam convidados para compor o ministério para um encontro reservado na Granja do Riacho Fundo, em Brasília. Nunca me esquecerei da grande emoção com que Fernando Lyra recebeu o convite para a pasta da Justiça. Tancredo lhe disse: "Olha, Fernando, o tamanho de sua responsabilidade. Você vai assumir o meu ministério!"

O presidente se referia à circunstância histórica que o levara a assumir, praticamente com a mesma idade de Fernando, o Ministério da Justiça no governo Vargas. Tancredo sabia que não faltavam juristas consagrados para o cargo, mas carregava consigo a plena consciência de que, nas circunstâncias difíceis da transição, precisava ter ao seu lado homens leais ao país, providos de coragem e conscientes da sua responsabilidade histórica.

Com profundo compromisso com o Brasil, Lyra acabou com a censura e emprestou seu talento para aplacar ensaios de crises que poderiam colocar em risco os rumos da novíssima República fundada. Ponderava e defendia os avanços que estavam sendo gestados sem jamais transigir no principal -nos valores que uniram os brasileiros e líderes de diferentes tendências em torno da causa da liberdade.

O Brasil perdeu um dos artífices de sua história.

AÉCIO NEVES escreve às segundas-feiras neste espaço

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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Aécio alerta para a falta de confiança dos empresários


Fonte: Folha de S.Paulo -  Coluna de Aécio Neves 
Link para assinantes: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/89685-questao-de-confianca.shtml

Questão de confiança


Aécio Neves 

É longa a lista de variáveis apontadas pela pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) para explicar o desânimo dos empresários brasileiros em fazer novos investimentos.

Entre os problemas citados estão o custo do crédito, dificuldades para obter financiamento, o apagão de mão de obra, burocracia excessiva e infraestrutura precária.

A essas dificuldades somam-se questões que ficaram evidentes após a pesquisa, feita em 2012, como a apreensão diante da oferta de energia e a elevação da inflação no país. O levantamento ouviu 584 grandes, médias e pequenas empresas.

No debate que se trava sobre o presente e o futuro da economia, um ponto é consensual até mesmo entre agentes governamentais: sem aumentar a taxa de investimentos será difícil fugir dos pibinhos dos últimos anos.

Convencer empresas e empresários a ampliar investimentos na produção que gera empregos e riqueza ao país pressupõe uma relação de confiança entre governantes e governados. E isso, infelizmente, parece faltar neste momento.

A pesquisa mostra o desânimo das empresas ao revelar que o percentual daquelas que pretendem ampliar suas atividades este ano é o menor dos últimos quatro anos.

Repete-se o mesmo cenário de 2012, quando o número de empresas que realizaram investimentos foi o menor desde 2009. No ano, diz a pesquisa, só 50,2% das empresas efetivaram os investimentos planejados, 45,5% o fizeram parcialmente e 4,2% adiaram ou cancelaram projetos.

O problema mais citado foi a incerteza econômica gerada por problemas internos e externos, evidenciando a impotência do governo diante da crise internacional e sua incapacidade em solucionar travas internas.

A falta de credibilidade do governo está contribuindo também para afastar investidores externos. Consultorias e organismos internacionais -como a norte-americana Securities and Exchange Commission- indicam que fundos internacionais estão substituindo o Brasil em seus portfólios por outros países.

Algumas das causas da fuga dos investidores estrangeiros coincidem com as que provocam o recuo das empresas nacionais -o excessivo intervencionismo e a insegurança gerada por recentes decisões do governo.

Medidas de desoneração fiscal, como as anunciadas na última semana, são necessárias e bem-vindas, mas precisam ser acompanhadas da austeridade fiscal que tem faltado até agora, comprometendo o equilíbrio das contas públicas.

Igualmente importante é que sejam duradouras. Medidas temporárias, pontuais e paliativas, como as que têm caracterizado a atual política econômica, contribuem para propagar incertezas.

AÉCIO NEVES escreve às segundas-feiras nesta coluna.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Aécio Neves, capa da revista Carta Capital







Aécio é capa da revista Carta Capital: renovação de ideias no PSDB


Aécio Neves deu entrevista à revista Carta Capital, tema de capa da última edição, que tem como título: “A bola é sua”

Aécio: Presidente

Aécio Neves, sorridente e à vontade, recebeu Carta Capital em seu gabinete em Brasília sem a preocupação de dissimular o interesse de concorrer à Presidência em 2014. Ao contrário, fala como candidato. Tem na ponta da língua a “nova agenda” que pretende para o PSDB: eficiência, educação e saúde.” Essa é apresentação da entrevista feita pela Carta Capital e assinada pela jornalista Cynara Menezes. A seguir, trechos da entrevista.

Aécio Neves, sobre resultado das eleições: “Aspecto relevante foi à qualidade dos novos candidatos do PSDB, houve uma renovação natural. O PSDB sai muito vivo dessas eleições.”

Aécio Neves, sobre alianças: “Nós, do PSDB, diferentemente do PT, achamos positivo o crescimento do PSB. O PT vê o crescimento do PSB como um risco a sua hegemonia, é o que se percebe nas entrelinhas. Mas o que houve nesta eleição foi uma pulverização maior do que existia anteriormente”.

Aécio Neves, sobre declaração de Fernando Henrique Cardoso a respeito da renovação do PSDB: “[Concordo e] já venho me batendo por isso há muito tempo. A renovação se dá do ponto de vista geracional, e essa é até natural, mas a renovação mais importante é a de ideias. O PSDB apresentou 20 anos atrás uma agenda para o País. Boa parte ainda está em curso, a estabilidade econômica, o início dos programas de transferência de renda que o presidente Lula ampliou, e eu reconheço”.

Aécio afirmou ainda que “o PSDB tem de criar, a partir do Brasil de hoje, uma nova agenda”. “O pecado do PT nesse período foi não ter ousado: no campo da reforma política, da tributária, da reforma da estrutura do Estado, que me parece inchada. A renovação do PSDB é a renovação da agenda, e é a isso que vamos nos dedicar”, disse Aécio.






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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Aécio comemora vitória em 85% dos municípios de Minas




Aécio Neves comemora vitória do PSDB e aliados em 85% do municípios de MG


“Resultado é uma confirmação da aprovação da população mineira a um modelo de gestão que foi implantado em 2003, depois que venci em 2002, e que se mantém vivo e sólido até hoje”

O senador Aécio Neves comemorou o resultado obtido pelo PSDB e pelos partidos aliados no primeiro turno das eleições municipais de 2012 em Minas Gerais. A base de apoio do senador Aécio Neves e do governador Antonio Anastasia saiu vitoriosa em 85% dos municípios mineiros. Para o senador, a expressiva vitória alcançada comprova que a população aprova o modelo de boa gestão implantado no Estado e hoje aplicado com sucesso em municípios mineiros.

“Temos uma base muito ampla em Minas Gerais desde o meu governo. Apoiamos inúmeros candidatos dessa base no interior do Estado, e podemos comemorar a vitória e o reconhecimento dos eleitores, que chega perto de 85% do total das prefeituras em Minas. O PSDB continua sendo um partido majoritário em Minas Gerais (com 143 prefeitos eleitos). O resultado é uma confirmação da aprovação da população mineira a um modelo de gestão que foi implantado em 2003, quando assumi, e que se mantém vivo e sólido até hoje, valorizando o rigor e o bom uso do dinheiro publico”, afirmou o senador Aécio Neves, em entrevista.

Capital mineira

A reeleição de Márcio Lacerda (PSB) em Belo Horizonte, com o apoio do PSDB e com grande participação de Aécio Neves e do governador Antonio Anastasia, já no primeiro turno, foi considerada pelo senador uma vitória dos belo-horizontinos.

“O resultado foi excepcional. A vitória de uma administração séria, bem avaliada e comprometida com investimentos extremamente importantes para a cidade. O PSDB colocou o interesse de Belo Horizonte à frente. Não fiquei preocupado em termos uma vitória do PSDB, mas, sim, uma vitória importante para a população de Belo Horizonte”, disse o senador Aécio Neves.

Para Aécio Neves, o prefeito Márcio Lacerda terá, em seu segundo mandato, ainda melhores conduções de fazer uma administração exitosa, pautada pela gestão de qualidade e no atendimento às demandas da população. Lacerda foi secretário de Desenvolvimento Econômico do governo Aécio Neves e lançado candidato a prefeito em 2008 pelo então governador de Minas.

“Agora, é preocupar em renovar a administração, estabelecer as novas metas, cuidar de Belo Horizonte. A prefeitura de BH será mais ágil e mais eficiente. O PT ocupava mais de 900 cargos comissionados. Sempre defendi que o administrador público deve gastar menos com a estrutura, seja do Estado ou da prefeitura, para investir mais nas políticas públicas. Marcio terá mais liberdade para fazer uma administração extraordinária porque ele não terá as amarras que teve até aqui”, afirmou o senador.

Segundo turno

Aécio Neves garantiu que o PSDB vai se posicionar em relação aos municípios mineiros onde ocorrerá segundo turno. Também em relação ao desempenho nacional do PSDB e aliados, o senador comemorou o resultado saído das urnas nesse primeiro turno.

“O PSDB se restabeleceu no Nordeste e no Norte do Brasil. Já vencemos no primeiro turno em Maceió, com o PSDB, em Aracaju, com o Democratas. Estamos disputando Salvador, João Pessoa, Campina Grande, Teresina, São Luís e em outras capitais. No Norte, estamos disputando em Belém e em Manaus, e o PT não está nessas disputas. As oposições saem muito vivas dessas eleições e devem se preocupar, em 2013, de buscar uma nova interlocução com a sociedade. Esta será a tarefa a que me dedicarei em 2013″, concluiu o senador Aécio Neves. 

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Aécio denuncia a PTbras

Aécio Neves, líder da oposição
Fonte: Folha de S.Paulo - 13/08/2012 - Coluna de Aécio Neves 
Link para assinantes: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/60483-ptbras.shtml

PTbras


Aécio Neves

Nunca antes na história deste país a mais importante empresa brasileira serviu tanto aos interesses do governo e de um partido. O petismo praticamente "privatizou" a Petrobras, colocando em segundo plano os interesses da empresa e do Brasil.

A Petrobras não cumpre metas de produção desde 2003 e, com isso, perdeu receita de R$ 50 bilhões. Os prejuízos com a importação de gasolina e diesel neste ano já somam R$ 2,9 bilhões, valor 239% superior ao do mesmo período de 2011 (R$ 648 milhões).

De quebra, os preços artificialmente baixos da gasolina vêm inviabilizando o etanol. As importações de gasolina aumentaram em 370% em relação ao mesmo período de 2011. Mas as incongruências não param aí: o custo da refinaria Abreu e Lima (Pernambuco) -projeto em "parceria" com a venezuelana PDVSA, que ainda não aportou nenhum recurso na obra- multiplicou-se por dez, de US$ 2,3 bilhões para US$ 20,1 bilhões.

As refinarias Premium I e II (Maranhão e Ceará), previstas para 2013 e 2015, foram adiadas para 2017. Também em decorrência de atrasos crônicos, o Comperj mantém encaixotados equipamentos sofisticados à espera do porto e da estrada que dariam apoio logístico à obra e que não existem.

A Petrobras comprou uma refinaria em Pasadena (EUA) por US$ 1,18 bilhão, em duas etapas, quando a ex-sócia adquiriu o ativo por US$ 42,5 milhões sete anos atrás. Trata-se de uma valorização de 2.700%.

O navio-petroleiro João Cândido voltou ao estaleiro Atlântico Sul por erros de projeto e entrou em operação com dois anos de atraso. Há dúvidas sobre as demais encomendas, visto que o sócio detentor da tecnologia -a coreana Samsung Heavy Industries- abandonou a parceria e não há substituto.

Desde o processo de capitalização em 2010, o comportamento das ações da Petrobras ficou abaixo do Ibovespa. Agora, a presidente da empresa, Graça Foster, parece estar disposta a enfrentar os malfeitos herdados pelo petismo do próprio petismo, em uma década de desapreço pela gestão profissional. No entanto uma gestão com os diagnósticos corretos não será capaz de inverter esse quadro de deterioração se não houver uma mudança de orientação do governo Dilma, que é o acionista controlador, em relação à Petrobras.

Garantir maior transparência dos atos e motivações que definem as decisões da empresa é uma das questões que se colocam. Outro bom começo seria combater o aparelhamento a que a companhia vem sendo submetida. Uma empresa estratégica e complexa como ela não pode funcionar como moeda de troca pelo apoio de partidos ao governismo.

O maior desafio é, portanto, acabar com a PTbras e trazer de volta para os brasileiros a Petrobras.

AÉCIO NEVES escreve às segundas-feiras nesta coluna.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Aécio : "É gravíssimo o processo de desindustrialização que ocorre no Brasil"




Governo perdeu a capacidade de iniciativa, diz senador Aécio Neves

Senador Aécio Neves: “O ideal seria que o governo gastasse menos com a estrutura do Estado para gastar mais com as pessoas”

O Governo Federal não apresentou qualquer medida estruturante para enfrentar os gargalos de crescimento do Brasil, na avaliação do senador Aécio Neves. O senador acredita que o governo do PT perdeu a capacidade de iniciativas consistentes e tem apresentado apenas medidas paliativas, voltados para setores específicos, sem se dispor a discutir com o Congresso Nacional as grandes reformas que o Brasil necessita.

“O que estamos percebendo é que a crise econômica se agrava, os problemas estruturais do Brasil são os mesmos, os gargalos para o crescimento maior da economia continuam até agora inalterados, intocados e isso nos deixa, infelizmente, com cenário sombrio pela frente. Lamentavelmente, o governo Dilma perdeu a capacidade de iniciativa e se não fez nos dois primeiros anos, infelizmente, acho muito difícil que possa fazer nos últimos anos”, afirmou o senador Aécio Neves em entrevista em que faz um balanço do primeiro semestre deste ano.

Para o senador Aécio Neves, o atual cenário econômico do país – com fraco desempenho da indústria nacional e do PIB de 2012 - exige medidas mais consistentes e estruturantes do governo federal.

“O governo prefere gastar muito tempo com medidas paliativas do que discutir com o Congresso nacional reformas mais profundas, reformas que permitam, por exemplo, espaço fiscal para diminuição da carga tributária, não setorialmente, não para aqueles segmentos da economia mais organizados ou com cadeia mais adensada, ou mesmo com maior poder de pressão”, criticou o senador Aécio Neves.

Gastos com a máquina pública

senador Aécio Neves alerta para a necessidade de o governo enxugar seus gastos com custeio da máquina, que vem crescendo ano a ano.

O alerta é para investir mais nas atividades-fins dos poderes públicos, atender a população em saúde, segurança e educação.

“O ideal seria que o governo voltasse a fazer aquilo que é regra em todas as economias que crescem consistentemente no mundo: gastar menos com a estrutura do Estado, para gastar mais com as pessoas. O peso da máquina pública no Brasil vem se agigantando ao longo dos últimos anos. Por incrível que pareça, há muitos anos o Brasil vem vendo os seus gastos correntes avançarem num patamar superior ao que cresce a própria economia e isso é uma conta que não fecha. Infelizmente, estamos sempre repetindo a velha receita do mais do mesmo, sem nenhuma medida, repito, estrutural. E, no momento em que a situação econômica externa se agrava, com consequências no Brasil, o governo se vê amarrado na sua própria armadilha”, salientou o senador Aécio Neves.

Para o senador Aécio Neves, é preciso ficar atento ao processo de desindustrialização que vem ocorrendo no Brasil, e que ele considera “gravíssimo”, lembrando que o país está voltando à década de 50, quando era exportador de commodities. Por outro lado, o senador critica ainda a falta de apoio do governo federal a estados e municípios.

“É perceptível que há uma paralisia absoluta do governo, uma má gestão generalizada em praticamente todas as áreas, e uma omissão do governo em áreas fundamentais, como saúde e segurança pública, onde o governo federal gasta, cada vez menos, do que gastam os estados e municípios”, disse o senador.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Aécio: " O país reclama solidariedade política e mais compartilhamento de responsabilidades


Aécio Neves, líder da oposição





Fonte:  Folha de S.Paulo Online - - Coluna de Aécio Neves


Estados e municípios


 Quem acompanha a vida nacional nem sempre percebe a gravidade do processo de dependência política e econômica da União, que subordina e asfixia perigosamente os demais entes federados.

 À luz do dia, constata-se a paralisia de matérias essenciais, como a renegociação das dívidas dos Estados, a desoneração das empresas estaduais de saneamento (que pagam em impostos quase o mesmo o que investem), a revisão do vencido marco regulatório sobre a exploração mineral ou o injustificável atraso do novo plano decenal da educação.

 Ao mesmo tempo em que concentra recursos e retarda decisões, o governo federal transfere responsabilidades.

 Casos como a regulamentação da Emenda 29, em que o governismo obrigou os entes federados a adotarem patamar mínimo de investimentos na saúde, eximindo a União do mesmo dever, ou a adoção, sem a devida contrapartida financeira, de piso salarial para carreiras extensas do funcionalismo, remuneradas de forma preponderante por estados e municípios, são exemplos irrefutáveis.

 Mas não é só isso.

 Dados da Secretaria do Tesouro Nacional indicam que, em 2010, os gastos do governo central em educação representavam só 22,7% do gasto total no setor. Para transporte e segurança pública, a participação federal foi de apenas 35% e 18,3%, respectivamente.

 No prazo de dez anos (2000-2010), a participação da União em saúde caiu de 44% para 32,6%. Em habitação e urbanismo, caiu de 15,2% para 10,3%. Ou seja, a maior parte das despesas com as funções essenciais à sociedade tem sido responsabilidade dos Estados e dos municípios.

 Além de aumentar as atribuições dos governos regionais, o poder central toma, por reiteradas vezes, medidas que lhes retiram ainda mais recursos.

 Os Estados têm pago os seus compromissos da dívida com a União sem conseguir amortizá-la -pelo contrário, os saldos devedores se multiplicaram exponencialmente.

 As transferências de recursos na área de segurança têm sido contingenciadas. A redução da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) e as isenções tributárias com base em receitas partilhadas são exemplos de ações danosas a Estados e municípios.

 São recursos que constavam de seus orçamentos e que foram cancelados sem qualquer compensação.

 As decisões que, pensava-se, serem econômicas, começam a ganhar contornos de lógica política. Enfraquecer a federação, aumentando a dependência do país do governo central, prejudica a população e não é um caminho que honre as nossas melhores tradições.

 Insisto nesse tema: o país reclama solidariedade política e mais compartilhamento de responsabilidades.

AÉCIO NEVES escreve às segundas-feiras nesta coluna.

Aécio Neves é senador pelo PSDB-MG. Foi governador de Minas Gerais entre 2003 e 2010. É formado em economia pela PUC-MG. Escreve às segundas-feiras na página A2 da versão impressa.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Aécio comenta a vaia que Dilma recebeu dos prefeitos


Aécio comenta vaia de prefeitos a Dilma e alerta para problemas da Federação


Foto: Cadu Gomes

Ao comentar no Plenário, nesta quarta-feira (16/05) a vaia pública feita pelos prefeitos à presidente Dilma Rousseff durante a abertura da 15ª edição da Marcha dos Prefeitos, em Brasília, o senador Aécio Neves (PSDB/MG) alertou para a necessidade de parlamentares, prefeitos e membros do governo construírem uma união e melhor entendimento em torno da discussão da refundação da Federação brasileira. Para o tucano, o ponto de partida para o debate está concentrado em três questões fundamentais: a redistribuição dos royalties do petróleo e da mineração; a renegociação da dívida dos Estados; e a discussão dos novos critérios de distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE).

“Não teremos outra oportunidade para essa discussão. Portanto, temos que nos aprofundar em torno de alguns temas que caminham na direção da refundação da Federação, como a redistribuição dos royalties, não apenas do petróleo mas também da mineração; a renegociação da dívida dos estados, que também se insere neste contexto de fortalecer a Federação, até para criarmos um espaço de folga fiscal para que os estados possam fazer investimentos; e a discussão sobre os critérios de distribuição dos recursos do Fundo de Participação dos Estados. Nós, da oposição, temos tido a capacidade de compreender e diferenciar as ações de governo das questões de Estado, e estamos prontos para discutir amplamente esses três itens que dizem respeito à reorganização da Federação brasileira. É preciso termos a consciência de que uma grande questão precisa ser solucionada: queremos viver em uma Federação ou caminharemos para viver em um Estado unitário?”, questionou.

Em entrevista à TV da Liderança do PSDB, o senador Aécio Neves (PSDB) afirmou que a pouca receptividade que a presidente teve dos prefeitos tem como origem e razão o descaso do governo federal com os temas que interessam aos estados e municípios.

“É equivocada a análise de que a vaia recebida pela presidente Dilma ocorreu exclusivamente por causa dos royalties. Eles são apenas um adendo de uma agenda muita extensa da federação brasileira para a qual o governo federal tem virado as costas. O que nós estamos vendo no Brasil ao longo desses últimos dez anos é um acúmulo permanente de receitas tributárias nas mãos da União em detrimento de Estados e municípios. Basta ver a realidade dos pequenos e médios municípios para perceber que é preciso inverter a lógica da concentração do Estado unitário no qual está se transformando o Brasil. Do contrário, nós vamos ter cada vez mais dificuldades dos prefeitos em realizar as despesas mínimas e básicas da sua população. O governo comemora recordes mensais de arrecadação e não distribui adequadamente esses recursos. Aliás, no momento de fazer as suas bondades, as faz com os impostos compartilhados como Imposto de Renda e IPI, e não com as contribuições que são acumuladas exclusivamente pela União. O que falta é generosidade do governo federal com o Brasil e com os municípios”, afirmou Aécio.
Comissão da Verdade.

Ao comentar sobre a instalação da Comissão da Verdade pela presidente Dilma, o senador tucano disse que ela terá uma grande oportunidade de realizar a reconciliação do País com a sua história. “O sentimento da oposição e do PSDB é que esta comissão não é de governo, mas sim do Estado brasileiro, que tem como objetivo revisionar os excessos ou as violações aos direitos humanos cometidos no passado. Por outro lado, a comissão não pode ter um caráter revanchista de abrir feridas. Eu acredito que ela permitirá a conciliação das atuais gerações de brasileiros com a sua história”, destacou Aécio.

CPI do Cachoeira

Questionado na entrevista sobre as atividades da CPI Mista que investiga as atividades ilícitas do contraventor Carlinhos Cachoeira, o senador Aécio Neves afirmou que o PT já percebeu ter dado um tiro no pé ao propor a instalação da comissão. Para o tucano, a estratégia dos parlamentares governistas é desviar o foco dos debates e investigações.

“Eles achavam que iriam fazer uma caça às bruxas, e com isso dizimar os adversários e atentar contra a liberdade de imprensa, ou mesmo fragilizar as instituições, como o Ministério Público. Na verdade o que se vê claramente é setores do PT querendo desviar a discussão do seu centro. Esta CPI foi criada, e nós a apoiamos, para investigar Carlos Cachoeira e todos os elos que ele tinha com o setor público e privado. No momento em que o PT traz para o centro do debate o cerceamento à imprensa, com acusações a veículos de comunicação e ao Ministério Público, vemos que o PT é um partido da conveniência: quando atende aos seus interesses a decisão é correta, mas quando isso não ocorre viola os interesses nacionais. O PT comete um equívoco e a marca que deixará, ou mesmo a mancha, é que o partido tem um grande receio do que irá acontecer no julgamento do mensalão. Nós queremos que tudo seja apurado em toda a sua extensão, mas não iremos permitir que as instituições brasileiras e a liberdade de imprensa sejam de alguma forma atingidas pela ação pouca democrática de setores do PT”, concluiu o senador.

Patrícia Mazzili – Assessoria de Comunicação da Liderança do PSDB no Senado

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Aécio e Anastasia defendem, na ExpoZebu, a importância do agronegócio



Na ExpoZebu, senador  Aécio Neves ressalta importância do setor na geração de renda e empregos

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) visitou, nesta quinta-feira (03/05), a 78ª ExpoZebu, em Uberaba (MG). Em encontro com produtores rurais, entre eles o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), Eduardo Biagi, o senador discutiu demandas da agropecuária brasileira.

"O fortalecimento do agronegócio é importante para Minas Gerais, para todo o Brasil. Esse é um setor fundamental, que gera renda e emprego. O Brasil se sustenta economicamente, cresce economicamente pelo esforço do trabalho no campo", afirmou o senador em entrevista, antes da abertura do evento.

A ExpoZebu, além de promover exposição e comercialização de animais, é referência como uma feira de genética e tecnologia, voltada para a pecuária. Durante a ExpoZebu, ocorrem diversos encontros em que autoridades e empresários do setor discutem aspectos legais, ambientais, sanitários e econômicos, entre outros, do agronegócio brasileiro. Este ano, o tema central da feira, "Zebu: o futuro em boas mãos", é a sustentabilidade.

Antes do início da solenidade, o senador percorreu, ao lado do governador de Minas, Antonio Anastasia, o parque de exposição. Durante o evento, o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, Narcio Rodrigues, entregou ao governador do Estado e ao presidente da ABCZ o "Resumo Executivo do Projeto Genoma Zebu Leiteiro", que se refere à conclusão do sequenciamento do genoma das raças gir e guzerá por pesquisadores brasileiros.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Aécio Neves se declara traído por Demóstenes


Senador Aécio Neves 


Aécio Neves diz que se sente traído por Demóstenes Torres

Brasília. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse, ontem, que se sente "traído" pela iniciativa do senador Demóstenes Torres (sem partido) de lhe pedir a nomeação da prima do contraventor Carlinhos Cachoeira em um cargo comissionado. A prima do bicheiro, Mônica Beatriz Silva Vieira, assumiu o cargo de diretora regional da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), em Uberaba, em maio do ano passado.

Segundo reportagem publicada pelo jornal "O Estado de S. Paulo", do pedido de Cachoeira a Demóstenes até a nomeação de Mônica bastaram apenas 12 dias e sete telefonemas. A informação de que Demóstenes fez o pedido a Aécio, atendendo a uma demanda de Cachoeira, está comprovada pela escuta telefônica da Polícia Federal, na operação Monte Carlo.

Aécio garantiu que não tem nenhum tipo de relação com Cachoeira. Ele alegou que, há um ano, não tinha motivos para questionar um pedido de Demóstenes, tido, então, como "um senador acima de qualquer suspeita". "Eu me sinto traído na minha boa fé, mas fiz aquilo que faço quando recebo indicação de partidos aliados", afirmou. "Ele (Demóstenes) fez uma indicação que cabia ao seu partido (DEM) e, como ela (Mônica) tinha qualificação, encaminhei o pedido à Secretaria de Governo".

Aécio Neves disse lamentar "profundamente" que um senador da República se disponha a defender interesses de um contraventor. "E só ontem (anteontem) ficamos sabendo disso".

Em nota, o governo de Minas informou que a servidora Mônica Beatriz Silva Vieira é formada em pedagogia com pós-graduação em psicopedagogia e tem ampla experiência na área de educação e atendimento a jovens, em total acordo com os programas desenvolvidos pela Sedese.

Mônica, que é servidora concursada da Prefeitura de Uberaba, atuou como coordenadora dos programas ProJovem Trabalhador, do Ministério do Trabalho, e Escola de Fábrica, do Ministério da Educação. Antes de assumir o cargo na Sedese, ela atuava como diretora do Departamento de Qualificação Profissional da Fundação de Ensino Técnico da Prefeitura de Uberaba. A nomeação aconteceu em 25 de maio de 2011 para um cargo DAD 4, com salário de R$ 2.310.

Estado de Minas

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Aécio cobra investigação ampla na CPI de Cachoeira



Senador Aécio defende investigação ampla na CPI do Cachoeira

Senador Aécio Neves 



O senador Aécio Neves defendeu uma investigação ampla e sem direcionamento para apurar denúncias ligadas ao contraventor Carlos Cachoeira.

O senador Aécio Neves participou de ato da oposição em favor da instalação da CPI Mista no Congresso e defendeu a apuração de responsabilidades nas esferas pública e privada. Senadores e deputados do PSDB, DEM e PPS assinaram o requerimento.

“Queremos uma investigação ampla. Todos aqueles que tiverem cometido eventuais desvios, sejam eles agentes públicos ou privados, devem responder na CPI. Fizemos um ato político, já que a imprensa divulga que setores da base do governo, de alguma forma, vêm recuando da sua intenção de fazer essa investigação. O que esperamos é que não seja uma investigação pontual, uma investigação direcionada para A ou para B. Essa é a razão desse encontro e nossa expectativa é que, mesmo tendo rejeitado durante tanto tempo qualquer iniciativa de CPI por parte da oposição, agora a base permita não apenas a instalação, mas a verdadeira apuração dos fatos”, disse o senador Aécio Neves.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Aécio denuncia o imobilismo do governo federal


Fonte:  Folha de S.Paulo - 09/04/2012 - Coluna de Aécio Neves 
Aécio Líder da oposição
( Nesse artigo Aécio Neves critica o imobilismo do governo federal)


Tiros a esmo

: Aécio Neves 

Ao debater os problemas que envolvem a indústria brasileira, lembrei-me da definição do saudoso maestro Tom Jobim -definitivamente, o Brasil não é um país para principiantes. Para responder às pressões por providências contra o grave processo de desindustrialização em curso, o governo não conseguiu livrar-se da síndrome da emergência e do improviso. A imprensa relata que, na véspera do lançamento do pacote, a equipe econômica varou a madrugada escalando montanhas de números e definindo, às pressas, algumas medidas.

Esta marca da atual gestão desaguou na cena em que, em plena solenidade de apresentação das medidas, a presidente inquire publicamente o ministro da Fazenda, evidenciando, no mínimo, falta de sintonia e conexão entre as diversas áreas do governo.

Apesar de algumas iniciativas (como as desonerações tributárias e redução do custo do crédito) caminharem na direção correta, há uma percepção generalizada de que as medidas de apoio à indústria são pontuais, temporárias e não resolvem o problema estrutural da perda de competitividade. Elas trazem três problemas centrais:

Primeiro, a desoneração da contribuição previdenciária patronal sobre a folha de salários deveria ser uma medida muito mais ampla e permanente. A produtividade do setor industrial e da economia depende da qualidade de serviços de outras áreas. Assim, uma política de promoção de competitividade precisa desonerar todos os setores, e não apenas alguns deles.

Segundo, o governo, mais uma vez, aumentou os empréstimos para o BNDES. Como esses empréstimos têm como fonte de recursos o aumento da dívida, essas operações têm um custo fiscal que limita reduções futuras da carga tributária. O problema não é o empréstimo em si, mas a falta de transparência quanto ao seu custo e o fato de o mesmo não passar pelo Orçamento. O Congresso havia aprovado emenda de minha autoria, justamente para trazer esse tema para discussão no Parlamento, mas ela foi vetada pela Presidência.

Terceiro, a perda de competitividade no Brasil está ligada ao crescimento excessivo do gasto público e à elevada carga tributária que não se transforma em aumento do investimento governamental. Ou seja, além de pagar mais impostos, as empresas e os cidadãos não têm acesso a uma melhor infraestrutura, o que aumenta o custo final dos produtos.

Enfim, também aqui vemos o que tem se transformado em outra marca dessa gestão e vem ocorrendo em diversas situações, como, por exemplo, na votação da Emenda 29: o governo opta pelo meio do caminho e perde oportunidades de vencer, definitivamente, importantes desafios. O risco é que, andando tão devagar, o país acabe sem sair do lugar...

AÉCIO NEVES escreve às segundas nesta coluna.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Aécio diz que se sente estimulado por FHC a disputar Presidência

 
 
Fonte: Valor Econômico

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse nesta segunda-feira que sente se estimulado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a disputar as eleições presidenciais de 2014. Aécio elogiou as análises do líder tucano sobre o papel do PSDB, mas discordou da avaliação de que a oposição está “rouca”.

Classificado por Fernando Henrique como o candidato “mais óbvio” à sucessão da presidente Dilma Rousseff daqui a dois anos, Aécio disse: “É claro que reconheço isso como um estímulo a uma possível candidatura. Tenho conversado muito com o presidente Fernando Henrique Cardoso. Suas análises são sempre, ou devem ser sempre, ouvidas e aprofundadas.” Para o senador, a experiência do ex-presidente é sempre uma referência para o PSDB.

Aécio, no entanto, tentou mostrar que não está pensando em candidatura neste momento, embora no ano passado já tenha se declarado pronto para ser o candidato tucano. “Em primeiro lugar eu não sou candidato em 2014. Essa questão de definição de candidaturas não está colocada”, disse Aécio após reunião com o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), e com o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB).

Segundo o senador, o grande desafio de seu partido é se preparar para ter um bom desempenho nas eleições para prefeito deste ano. “A partir daí é natural que as conversas para 2014 comecem.”

Ainda ao comentar as avaliações de Fernando Henrique em um artigo publicado na edição de domingo no jornal O Estado de S. Paulo, Aécio disse que concorda com a orientação do ex-presidente para que os tucanos busquem um discurso que sirva de contraponto ao do governo federal. Mas rejeitou o ponto de vista do ex-presidente para quem as vozes oposicionistas estão com “decibéis insuficientes para comover as multidões” e “roucas”.