As pessoas não compreendem por que Aécio não quer se vice de Serra.
E é preciso explicar. Não é capricho pessoal, nem retaliação. Ninguém
está mais empenhado na vitória de Serra, nesse país, do que Aécio
Neves. Ele está fazendo por Serra tudo que pode, como fez em 2002 e
2006, por Serra e Alkimin. Só que, com a estatura que adquiriu depois
de sete anos de um governo impecável em Minas Gerais, Aécio não pode
ser apenas uma filial do projeto Serra. Ele é um parceiro, um
complemento de Serra, uma soma, não uma filial. Não pode trabalhar
para se eleger para um cargo em que a sua atuação vai depender
diretamente do presidente da República. Um vice tem agenda atrelada ao
presidente. Vai para o Palácio Jaburu (sede da Vice-Presidência da
República) esperar as missões que têm a cumprir? Aécio pode fazer
muito mais que isso, pelo bem do País. Indo para o Senado, ele será
uma voz diferenciada no Parlamento. Com sua liderança nacional, ele
vai pautar a agenda dos debates nacionais. E ele tem muito a falar e a
propor, há discussões inadiáveis, que ele quer ajudar a implementar.
Ele quer o aprofundamento da descentralização administrativa e um novo
pacto federativo e tem defendido a necessidade da retomada das reformas -
especialmente a política, a tributária, a previdenciária -
como necessidade para o País. Aécio será importantíssimo para o País,
e portanto para o presidente José Serra, não só no período eleitoral,
por agregar valores que contribuirão para a vitória, mas
principalmente no pós-eleitoral, quando ajudará a construir a aliança
para facilitar a governabilidade do País. Por isso, ele não será vice
do Serra."
Jornal de Uberaba/ /Narcio Rodrigues
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