domingo, 2 de janeiro de 2011

Aécio : " Faremos oposição leal e vigorosa"

Senador mineiro vai apresentar proposta de reformas política e tributária.
Adauri Antunes Barbosa, Cristiane Jungblut e Maria Lima
SÃO PAULO e BRASÍLIA. Político mais aplaudido na celebração da posse do governador Antonio Anastasia (PSDB), o ex-governador e senador eleito Aécio Neves (PSDB) prometeu fazer uma oposição "atenta e vigilante" ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), mas disse que espera o apoio de senadores da base do governo para construir uma agenda de reformas de interesse do país.

   - Como brasileiro, desejo a ela sorte em sua gestão, mas repito: não há governo forte sem oposição forte. Faremos uma oposição leal ao Brasil e aos brasileiros, mas vigorosa em relação às ações do governo - disse Aécio, acrescentando que deve concluir, em até dois meses, um esboço de uma agenda de reforma política e tributária do país, além de medidas que julga necessárias ao fortalecimento de estados e municípios.

   Aécio afirmou já ter mantido conversas com senadores da base da presidente e estar otimista em relação à construção das reformas, para que o Congresso não seja "caudatário de uma agenda de interesse exclusivo do Poder Executivo".

   - Isso apequena o Congresso e é o que tem acontecido ao longo dos últimos anos - afirmou.
   Perguntado a respeito da ascendência do presidente Lula sobre Dilma e a influência do petista no novo governo, Aécio disse esperar que o ex-presidente cumpra a promessa de ter um comportamento exemplar:

   - O presidente Lula disse algumas vezes que demonstrará na prática como deve agir um ex-presidente da República. Vamos aguardar e observar qual é a forma que ele compreende que seja a mais adequada.
   Aécio disse esperar que Minas não sofra discriminação por parte do governo federal. O tucano criticou a escolha do primeiro escalão do governo Dilma, por contar com apenas um representante de Minas Gerais, o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT).

   - Como ele entra numa cota pessoal, vejo que do ponto de vista político Minas ficou excluída do atual governo - disse. 
Fonte: O Globo

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