domingo, 11 de abril de 2010

Discurso emocionante de Aécio Neves no evento da Pré-Candidatura de José Serra

Brasília, 10 de abril de 2010



Meu boa tarde a todas as companheiras, a todos os companheiros

tucanos, do Democratas, do PPS e, em especial , aqueles que sem

filiação partidária participam de um ato absolutamente definitivo para

a história deste país.



Eu começo as minhas palavras dizendo que mais que o lançamento ou o

pré-lançamento de um candidato, nós estamos aqui, governador José

Serra, reunidos para consagrar aquilo que eu dizia, e muitos de nós

dizíamos ao longo dos últimos anos: que a unidade do PSDB era o mais

vigoroso instrumento para que nós pudéssemos ver no Brasil de novo o

governo que privilegiasse o mérito e o resultado.



Caminhei ao lado do governador José Serra durante todo o ano passado

por toda a parte deste país.



Discutimos ideias, apresentamos propostas. Mas ,em muitos destes

encontros, dos quais muitos que estão aqui participaram, eu dizia

sempre: nada haverá de nos afastar de nosso compromisso prioritário

com os brasileiros. Isso passa, repito mais uma vez, pela nossa

unidade. E no momento,em que, no final de dezembro do ano passado,

declarei-me não mais candidato do PSDB, eu dava o primeiro claro sinal

de que estaria ao seu lado, governador José Serra, porque acima de

projetos pessoais, legítimos que sejam, está o interesse maior de

construirmos um Brasil diferente.



Hoje, portanto, em nome dos governadores que me dão o privilégio de

aqui usar da palavra, quero dizer que estamos iniciando um grande

embate. É preciso, principalmente que, nós que aqui estamos, saibamos

que o PSDB e seus aliados estão, sim, preparados para o debate sobre o

futuro desse país. Estamos preparados para o debate sobre o presente,

mas, se quiserem, como alguns têm dito, vamos discutir e debater o

nosso passado porque não há nada que nos envergonhe.



Companheiros e companheiras,



Ao contrário do que muitos querem permanentemente fazer crer, o

Brasil não foi descoberto em 2003. Os avanços que hoje ocorrem, e eu

os reconheço, no Brasil , vieram a partir da luta e do trabalho de

muitos democratas que hoje estão aqui participando deste ato.

Ao PT, partido com o qual disputaremos principalmente estas eleições,

também não é lícito julgar que a sua história se resume aos 8 anos de

governo do presidente Lula. A história do PT vem de longe e vamos,

portanto, a este debate. Porque se o Brasil é hoje um Brasil melhor

foi porque em 1985, ainda sem fundarmos o PSDB, todos que estamos aqui

estivemos ao lado do presidente Tancredo Neves para reconstruirmos a

democracia. Eles não. A ele negaram o seu voto porque o projeto

partidário para eles era e sempre foi prioritário.



O tempo passou. Tivemos a Constituição, uma discussão extremamente

complexa. Aprovamos na Constituinte de 88 a nova Constituição

brasileira. Mais uma vez eles a negaram através de suas mais

eloquentes vozes.



Passou-se o tempo. Um presidente foi afastado do governo por

impeachment. O Brasil , ainda fragilizado na sua tenra democracia.



Assume o governo um grande brasileiro, meu ilustre conterrâneo Itamar

Franco, que convocava as forças de bem deste país para que lhe dessem

sustentação naquele processo de transição. Lembra-se bem nosso

presidente Fernando Henrique, nosso maior líder, nós estivemos lá, ao

lado do presidente Itamar. Eles mais uma vez não, porque o projeto

partidário sempre foi prioritário.



O tempo passou. Veio o governo do presidente Fernando Henrique. E aí a

mais fecunda e profunda transformação na vida dos brasileiros e,

principalmente, dos brasileiros mais pobres, que foi o Plano Real com

o fim da inflação. Nós estivemos lá ao seu lado garantindo a

estabilidade da economia. Eles mais uma vez não. Negaram seu voto à

estabilidade econômica.



O Brasil se modernizou. Veio a Lei da Responsabilidade Fiscal, o mais

importante marco da administração pública moderna. Nós a compreendemos

e votamos a favor dela. Eles mais uma vez não. Modernizamos, sob o

comando do presidente Fernando Henrique, a economia brasileira.

Privatizamos, sim, setores que precisavam ser privatizados, como a

telefonia, como a siderurgia. E eles, mais uma vez, não. Negaram

espaço à eficiência.



Lembro-me, presidente Fernando Henrique, da luta, do trabalho, da

obstinação de dona Ruth Cardoso ao construir uma nova proposta de

transferência de renda para os mais pobres, partindo absolutamente do

nada. Criando cadastros que não existiam , o início do programa de

transferência de renda que teve o nosso apoio. Mas o deles não,

porque não era deles a proposta.



Portanto, presidente Fernando Henrique, governador José Serra,

companheiro Rodrigo Maia, companheiro Roberto Freire, amigos e amigas.

É preciso que nós possamos visitar a fundo a nossa história, porque é

a partir do conhecimento de nossa história que os brasileiros vão

escolher o seu futuro.



Vem, portanto, o rodízio natural do poder, natural e saudável na

democracia. Assume o presidente Lula. E eu quero aqui de público,

frente a frente com meus companheiros, reconhecer virtudes do

presidente Lula. Mas uma, uma acima de todas as outras: ele manteve

absolutamente inalterada a política econômica do presidente FHC. Teve

a responsabilidade de avalizar aquilo que de bom foi feito neste país.

E é ele, mais do que ninguém, que avaliza o governo de V.Exª

Portanto, eu venho aqui, hoje , dizer aos tucanos e às tucanas, aos

democratas, aos companheiros do PPS: não teremos uma travessia fácil

pela frente. Mas quero dizer, agora diretamente a V.Exª., ao amigo,

companheiro José Serra: a partir desse dia de hoje, a sua voz será a

nossa voz, das montanhas de Minas ao Nordeste deste país. Ao Sul, ao

Centro-Oeste, ao Norte.



Cada um de nós haverá de ecoar as suas propostas para dizermos de

forma definitiva que queremos um governo que avance mais, que faça

menos propaganda e que trabalhe, sim, não para que o governo esteja a

serviço de um partido político. Mas, ao contrário, os partidos

políticos estejam a serviço de um país.



Hoje é um dia de enorme alegria. Venho com o coração cheio de

esperança, governador José Serra, porque tenho a convicção de que

passo a passo, com a história que nós construímos e que nos credencia

a dizermos que, se o Brasil hoje é muito melhor – e ele é, é porque

nós tivemos em todos os momentos a grandeza de colocar os interesses

nacionais acima dos interesses individuais ou partidários e ,mesmo

recentemente, fizemos isto.



Portanto, é hora do trabalho. Não do trabalho formal e protocolar: do

trabalho daqueles que acreditam que é possível fazer deste país um

país muito maior , fzermos uma rápida inserção na comunidade dos

países desenvolvidos,com a experiência dos nossos governos, com a

seriedade e a responsabilidade de nossos gestores.



Ninguém tem proposta melhor para este país do que o companheiro José

Serra. E ao seu lado eu estarei , a partir de Minas Gerais, das

montanhas de Minas para, ao seu lado – onde seja convocado, governador

José Serra - fazer com que sua voz possa ecoar por todo o país.



E, aqui de público, para que esse simbolismo marque o encerramento

deste encontro, após a fala de V.Exª. de público, quero convidá-lo

governador José Serra , para que inicie a sua peregrinação pelas

terras mineiras, para que os exemplos dos nossos grandes homens

públicos possam inspirá-lo cada vez mais. E as nossas montanhas de

ferro possam lhe dar forças para essa caminhada, que não será fácil,

mas será uma caminhada vitoriosa porque ao seu lado estarão homens e

mulheres que acreditam na administração pública, não como instrumento

de valorização de uma facção, mas como instrumento da realização dos

anseios e dos sonhos de milhões de brasileiros.



Hoje ,Minas aqui está, presente e de pé, para dizer que a partir deste

momento o candidato de Minas é o governador José Serra, pois ele

encarna os melhores valores e os melhores princípios que conduziram o

Brasil até aqui.



Com generosidade, com amor ao Brasil



Até a vitória da decência e do trabalho.!



Até a vitória de Jose Serra para Presidente da República. !

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