quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Aécio quer que Bolsa Família garanta pais de família recém-empregados

Aécio quer Bolsa Família para pais empregados


 "Pais de família têm receio de amanhã serem demitidos e terem que voltar ao programa e não conseguirem rapidamente a reinserção", Aécio Neves (PSDB-MG), senador e pré-candidato à Presidência

O senador Aécio Neves, do PSDB-MG, pré-candidato à Presidência da República, apresentou ontem projeto que estende o pagamento do Bolsa Família por até seis meses para os pais incluídos no programa que encontrarem emprego com carteira assinada. O senador considerou o próprio projeto uma ousadia e entende que a iniciativa vai estimular que os beneficiários busquem um emprego. "Não acho que seja um custo, acho que é um estímulo, mesmo que eles tenham que receber o cartão durante seis meses. Ao contrário, porque depois desses seis meses, se ele se firmou no trabalho, obviamente não receberá", avalia.

As regras em vigor do programa suspendem o pagamento se o beneficiário conquistar o emprego. O Bolsa Família completou 10 anos e é uma das principais bandeiras do governo petista.

O parlamentar mineiro voltou a classificar o programa como peça eleitoreira e instrumento para estatísticas oficiais. "Um dos problemas que constatamos é que pais de família, mesmo com uma oferta de trabalho, têm receio de amanhã eventualmente serem demitidos e terem que voltar ao programa e não conseguirem rapidamente a reinserção", disse. Para Aécio, faltam, ao Bolsa Família, estratégias para tirar em definitivo as pessoas da miséria e qualificá-las para entrar no mercado de trabalho.

Na semana passada, o senador mineiro apresentou outro projeto, com o objetivo de transformar o Bolsa Família em programa de Estado, para que, na visão dele, fique "imune a manipulações políticas e eleitorais". A proposta foi apresentada no mesmo dia em que a presidente Dilma e o ex-presidente Lula comemoraram os 10 anos do programa, com críticas aos tucanos. Entretanto, foi justamente o governo do PSDB que iniciou os programas de transferência de renda que culminaram no Bolsa Família.

"Para nós, do PSDB, os programas de transferência de renda devem ser vistos sempre como ponto de partida, e não como compreende o PT, como um ponto de chegada. Por isso, o estímulo para aquelas famílias que recebem o cartão possam eventualmente se reintegrar no mercado de trabalho deve ser permanente", disse o senador tucano ontem, na saída da sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Aécio comentou ainda o fato de ter votado contra o projeto analisado ontem na CCJ, que previa a divulgação das doações de campanha na internet durante todo o processo eleitoral. Para o senador, o projeto, que acabou sendo rejeitado, daria margem para que o governo pressionasse empresas que têm contratos com a administração federal e que desejassem fazer doações para candidatos da oposição Correio Brasiliense


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