O senador Aécio Neves está correto ao criticar a diplomacia brasileira:
“Brasil atrapalha a luta por democracia na Síria', diz opositor
O senador Aécio Neves, no artigo “Ética e Barbárie”, publicado na Folha de S. Paulo
(05/12), está correto ao denunciar o alinhamento do governo brasileiro,
comandado pelo PT, a ditadores e tiranetes que matam e torturam os seus
compatriotas. Aliás, a postura do governo brasileiro em “administrar” o diálogo
com tiranos sanguinários também é criticada mundo afora.
Nesta
quinta-feira, reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostra que são os
próprios opositores ao ditador da Síria Bashar Assad que criticam o
comportamento do Brasil que insiste no diálogo com o tirano, responsável pela
morte de milhares de opositores nos últimos meses, sendo centenas delas de
crianças. Para os sírios, o governo do PT atrapalha a luta pela democracia em
seu país e dá fôlego ao ditador para continuar a matar inocentes.
A diplomacia
brasileira está "desinformada" sobre a repressão na Síria e cria "sérios
obstáculos" ao insistir na necessidade de manter um canal de diálogo com o
presidente da Síria, Bashar Assad, diz Burhan Ghalioun, presidente do Conselho
Nacional de Transição da Síria - grupo que tenta reunir a oposição ao regime e
começa a ser considerado o principal interlocutor de governos como o dos EUA ou
da França.
Nesta semana,
Ghalioun esteve reunido com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton,
em um encontro em Genebra. Acadêmico da Sorbonne, ele falou com exclusividade ao
Estado após esse primeiro contato com Hillary e disse que a única solução que a
oposição aceitaria seria agora a saída de Assad do poder. "Não aceitaremos nada
menos que isso", declarou.
Ghalioun ainda
defendeu a decisão de armar a oposição e apontou para uma "longa guerra civil"
que só teria fim quando Assad deixar o país.
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