sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Aécio critica atraso de obras federais em Minas Gerais


O senador Aécio Neves (PSDB/MG) protestou, nessa quinta-feira, dia 11, contra novo adiamento, pelo governo federal, de obras fundamentais para Minas Gerais. Para o senador, o reconhecimento de técnicos do DNIT de que a duplicação das rodovias BR 381 e BR 040 e também a reforma do anel rodoviário de Belo Horizonte só iniciarão em 2013 e o adiamento da decisão sobre a ampliação do metrô da capital são mais uma prova de que Minas Gerais não é prioridade para o governo federal.
"O que estamos vendo é que o governo do PT tem uma noção muito específica, muito particular, do sentido de urgência. Assistimos ao anúncio pelo governo federal de que as obras do anel rodoviário, da BR-381, da BR-040 e do próprio metrô estariam sendo tratadas com urgência pela presidente da República. As notícias de hoje são de que essas obras (rodoviárias) serão iniciadas apenas no ano de 2013. O que estamos vendo é que Minas Gerais não vem sendo priorizada pelo governo federal na hora da definição dos grandes investimentos", disse o senador.
Aécio Neves citou, ainda, o anúncio da ampliação do metrô de Salvador como mais uma demonstração da discriminação do governo federal com os mineiros. O senador lembrou que os investimentos no metrô de Belo Horizonte vêm sendo postergados continuamente e ressaltou que eles são indispensáveis para melhorar a mobilidade urbana da capital, inclusive para a Copa do Mundo.
"Estamos com a Copa do Mundo chegando, o governo do Estado está fazendo sua parte no que diz respeito ao Mineirão e às obras que foram feitas na Antônio Carlos, na Linha Verde. O governo municipal vem também fazendo um grande esforço. Mas, no que diz respeito ao governo federal, são anúncios e mais anúncios e absolutamente nada concreto. Agora, estamos assistindo ao governo da Bahia anunciando data para o início do processo que levará à ampliação do metrô da sua capital, Salvador. Enquanto isso, em Minas Gerais, absolutamente nada de objetivo", protestou.
Mortes
Somente em 2010, 1.344 pessoas morreram nas estradas federais mineiras, das quais 25% na BR-381, conhecida como rodovia da morte. A BR-381 é a rodovia com mais vítimas fatais no Brasil. Apesar das reiteradas promessas, há anos, o DNIT não concluiu sequer os projetos executivos da obra. No início de agosto, o ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento admitiu que o governo nunca dispôs dos R$ 4 bilhões necessários para a obra. Há disponível, segundo o ex-ministro, apenas R$ 1 bilhão.
Já a BR-040 é a terceira rodovia em número de mortes no país. No primeiro semestre de 2011, chegou-se a festejar o anúncio de que o governo federal iria duplicar alguns trechos da rodovia, que, de acordo com o DNIT, ficarão para 2013. O anel rodoviário também é foco de mortes em Minas Gerais - em 2010, foram 29. Até abril deste ano, foram cerca de 1.000 acidentes.
Imobilismo
O senador Aécio Neves revelou sua preocupação quanto ao imobilismo do governo federal, causado pela falta de planejamento e pelas denúncias de corrupção que assolam o Executivo.
"Mais uma vez, o que estamos vendo são adiamentos e mais adiamentos em obras estruturantes para o País. Um governo que age apenas reativamente, envolvido em todo tipo de denúncia em relação ao mau uso dos recursos públicos, e não tem sobrado tempo para que o governo planeje aquilo que é essencial: o futuro e o desenvolvimento de suas várias regiões, e, em especial, de Minas Gerais. É hora de o governo agir de forma pró-ativa e dar as respostas que nós, mineiros, estamos cobrando há muito tempo em relação às nossas obras de infraestrutura", cobrou.
Aécio Neves afirmou que representantes do PT e de outros partidos da base do governo deveriam se integrar aos esforços do Governo de Minas e da bancada de oposição ao governo federal, que vêm cobrando que o Estado tenha suas reivindicações atendidas.
"É mais do que hora dos aliados do governo federal em Minas Gerais fazerem valer sua força política, se é que ela existe, para pressionar o governo federal a tratar Minas Gerais com o respeito que Minas precisa ser tratada", concluiu o senador.

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