Renan Ramalho, do R7, em Brasília
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) reafirmou nesta terça-feira (22) a defesa de um valor para o salário mínimo menor do que foi prometido por seu partido na campanha eleitoral.
Ele disse que a proposta de elevação para R$ 560 é mais "realista". No ano passado, o candidato tucano derrotado à Presidência, José Serra, defendia R$ 600. Tanto Aécio quanto Serra alimentam planos de se candidatar ao cargo em 2014, o que tem dividido a oposição.
- O PSDB votará com a emenda de R$ 600, mas nós somos realistas, nós estamos isolados nesta questão. Portanto, se essa proposta, que é o mais provável, chegar a ser derrotada, todos nós temos que ser realistas em questões dessa relevância, nós devemos votar com a proposta de R$ 560, que é a proposta das centrais sindicais e de outros partidos da oposição.
Aécio diz "não ter ilusão" de que o governo deverá sair vitorioso na votação pelo valor de R$ 545. Mas não deixou de criticar o Planalto por incluir no projeto a previsão de que os reajustes dos próximos anos sejam feitos por decreto, o que impede o Congresso de discuti-los.
- Acho um equívoco muito grande do governo, da base de sustentação da presidente da República, buscar, logo na sua primeira relação com o Congresso Nacional usurpar do Poder Legislativo aquilo que a Constituição lhe delega, que é o direito de, por lei, definir a majoração do salário mínimo.
Aécio disse que, em vez de valores, essa será a questão central a ser discutida amanhã, quando o Senado vota a proposta do governo, última etapa para sua validação. Acrescentou que, se derrotada, a oposição deverá recorrer ao Supremo Tribunal Federal para rever a questão do decreto.
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