segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Resultado do programa " Choque de Gestão" de Aécio Neves gerou milhares de empregos em Minas

Milhares de vagas em Minas

Fonte: Marta Vieira - Estado de Minas
Mercado de trabalho

Investimentos confirmados por setores tradicionais da indústria vão garantir a criação de 61 mil empregos no estado entre este ano e 2013. Há oportunidades em diversas áreas

Novos investimentos revisados no fim do ano por segmentos tradicionais da indústria de Minas Gerais prometem a criação de 61 mil empregos no estado deste ano a 2013, para sustentar o aumento esperado da capacidade das linhas de produção ou a construção de instalações fabris adicionais. O martelo foi batido, conforme levantamento feito pelo Estado de Minas, em favor desse universo de oportunidades de trabalho, apesar de um encerramento de 2010 marcado pela aterrissagem da produção industrial mineira, sob pressão do forte avanço das importações e dos efeitos negativos do dólar fraco sobre as exportações.
Em comum, os projetos mantidos são aqueles que permitem, de imediato, ganhos no consumo interno, impulsionado pela recente elevação dos rendimentos da população, ou se aproveitam da alta de preços de matérias-primas exploradas há mais de 300 anos no subsolo mineiro, a exemplo do ferro e do ouro. No primeiro grupo dessas empresas, que driblam a concorrência dos importados, estão os polos produtores de calçados de Nova Serrana, no Centro-Oeste de Minas, indústrias de móveis de Ubá e região, na Zona da Mata mineira, e da Grande Belo Horizonte, e a construção civil.
Na outra ponta, as mineradoras não se arriscariam a perder a chance oferecida pela reação das chamadas commodities e o cenário favorável dos negócios para os próximos três anos, a menos que se deparem com mais uma crise surpresa. O elo seguinte da cadeia de produção, a indústria da siderurgia já enfrenta mais dificuldades, diante do aço estrangeiro mais barato, mas até o momento só a Usiminas anunciou, no ano passado, a suspensão do projeto de uma nova fábrica em Santana do Paraíso (Vale do Aço). Os demais programas de expansão em Ipatinga (Vale do Aço) e Cubatão (SP) continuam.
RETOMADA Com demanda ativa combinada à alta de preços, a indústria da mineração retomou os planos que havia engavetado depois da turbulência na economia em 2008 e um dos principais gargalos, neste momento, está na escassez de mão de obra, garante José Fernando Coura, presidente do Sindicato da Indústria Extrativa de Minas (Sindiextra). “Batemos recorde no valor da produção mineral brasileira e grandes empresas decidiram se unir para investir nos profissionais que elas terão de contratar”, afirma.
Conforme as estimativas refeitas na virada do ano, grandes mineradoras e siderúrgicas, e seus prestadores de serviços, com atuação em Minas, vão criar 18,8 mil vagas até 2013, incluindo profissionais da formação básica ao nível superior, entre soldadores, operadores de máquinas e equipamentos, técnicos em manutenção e geologia, e, claro, engenheiros de diversas especialidades, do meio ambiente à área de segurança. Reunidas no chamado Consórcio Mínero-Metalúrgico, elas preparam programas próprios de treinamento e capacitação, além de um plano setorial de qualificação já negociado com o Ministério do Trabalho e Emprego, orçado em R$ 7 milhões.
O consórcio havia estimado, antes da crise, a necessidade de contratações futuras em 40 mil pessoas até 2014. Na Vale, a velocidade de implantação dos projetos de novas minas ou plantas de processamento do minério dependerá dessa disponibilidade de mão de obra e das licenças ambientais, observa Marcelo Fenelon, diretor de Ferrosos Sudeste da companhia. Só na mineração dentro do estado, a companhia estima que vai precisar de 17 mil pessoas até 2015.
Da mesma forma que a Vale, a Usiminas conduz uma série de programas de qualificação. A Mineração Usiminas deve abrir 2 mil empregos temporários nos próximos cinco anos e 1 mil vagas no quadro direto da companhia. Na siderurgia, desenvolve projetos para aumentar o valor do aço poduzido em Ipatinga. ”É fundamental que a companhia invista em programas educacionais e em cursos de qualificação para os atuais e futuros colaboradores”, afirma o vice-presidente de RH e Desenvolvimento Organizacional da empresa, Vanderlei Schiller.
Para a indústria da construção, o caminho foi o mesmo, perante o risco de apagão de mão de obra. O sindicato das empresas do setor (Sinduscon-MG) firmou convênio com o Serviço Nacional da Aprendizagem Industrial (Senai) de Minas para treinar 10 mil trabalhadores este ano e outro contingente igual em 2012, segundo Ricardo Catão Ribeiro, diretor da área de Política e Relações Trabalhistas do Sinduscon-MG. “O setor deve permanecer aquecido, com a carência de habitações no Brasil, as obras de infraestrutura necessárias e os eventos da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas (2016)”, diz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário