quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

No final do Governo Aécio Neves / Anastasia, Minas bate recorde na atração de novos investimentos

O Governo de Minas está trabalhando não apenas na atração de investimentos, mas agregando valor à economia, de forma a ampliar a competitividade do Estado e das empresas aqui sediadas. O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Sergio Barroso, informa que "para tal, o governo lançou ações como a promoção de investimentos orientados para agregação de valor e aumento do conteúdo tecnológico, além de estar investindo no fortalecimento da competitividade das empresas e dos Arranjos Produtivos Locais (APLs).
Essa política contribuiu para que o Instituto de Desenvolvimento Integrado (Indi), vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), pudesse contabilizar o recorde na atração de investimentos privados da ordem de R$ 53,05 bilhões distribuídos por diversas cadeias produtiva apenas em 2010, como mineração, siderurgia, bioenergia, têxtil, calçados, papel e celulose, gerando aproximadamente 73 mil empregos diretos e mais de 150 mil empregos indiretos.
Já como resultado de ações de longo prazo na atração de investimentos para tradicionais cadeias produtivas, como mineração, siderurgia, bioenergia, têxtil, calçados, papelão, celulose, embalagens e alimentos, entre outras, os projetos em fase de implantação e avaliação de impactos ambientais, integrantes da carteira do Indi, totalizam inversões superiores a R$ 264 bilhões para o período 2003/2010 sendo responsáveis pela geração de 471 mil empregos diretos, distribuídos por pouco menos de 2,5 mil projetos. "Tais projetos são estratégicos do ponto de vista de agregação de valor e diversificação da base produtiva de Minas Gerais em futuro próximo. Isso demonstra a pujança da economia mineira", afirmou o secretário.
O fomento às atividades econômicas tem como um dos seus principais objetivos o incremento do nível de emprego, uma das grandes metas do governo, a partir de 2011, bem como a redução das desigualdades regionais e sociais. O próximo ano será iniciado com uma carteira de novos investimentos da ordem de R$ 31,47 bilhões, distribuídos em 190 novos projetos, conforme dados fornecidos pelo Indi, demonstrando, dessa forma, o vigor da economia do Estado, que deverá continuar crescendo acima da média nacional devendo alcançar, em futuro não muito distante, o segundo lugar no ranking nacional.
Um dos maiores instrumentos de fomento, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) já desembolsou em 2010 um total de R$ 1,3 bilhão para 5.437 clientes, desde pequenos empreendedores e produtores rurais até grandes empresas e o setor público. Este montante é superior em 25% aos recursos liberados em 2009. Já o número de clientes contemplados pela instituição apresentou uma expansão de 27%, beneficiando todas as regiões mineiras.
Projetos diversificados
Apenas para que se tenha uma ideia dos desdobramentos desses números, o secretário citou que grandes projetos de expansão da indústria extrativa totalizam investimentos de R$ 34,29 bilhões em 2010, com a geração de 29 mil empregos diretos e 72 mil empregos indiretos. Destacam-se nesse setor os empreendimentos da Vale, com investimentos de R$ 9,5 bilhões na execução dos projetos Apolo, Itabira e Vargem Grande, que preveem implantação e expansão de minas e usinas de beneficiamento de minério de ferro em Itabira, Itabirito, Barão de Cocais, Caeté, Raposos, Rio Acima e Santa Bárbara, além dos empreendimentos da Samarco, com investimentos de R$ 2,46 bilhões e da Ferrous com R$ 9,11 bilhões.
O secretário Sergio Barroso chamou a atenção para a nova fronteira mineral que está surgindo no Norte de Minas. Novas perspectivas para o setor estimam inversões de R$ 6,8 bilhões naquela região até 2014. O Consórcio Novo Horizonte vai aplicar R$ 3,6 bilhões em Salinas e Grão Mogol e a Sul-Americana de Metais, da Divisão Votorantim Novos Negócios, investirá R$ 3,2 bilhões na mesma região. Essas reservas estão estimadas em cerca de 12 bilhões de toneladas de minério de ferro.
Também o setor de siderurgia atraiu em 2010 grandes projetos com vistas a agregação de valor, umas das premissas da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico. Destacam-se a Ferrous com investimentos de R$ 8,83 bilhões na Zona da Mata, o empreendimento da Gerdau Açominas com R$ 1,71 bilhão e da ArcelorMittal com investimentos de R$ 2,45 bilhões, na Região Metropolitana de Belo Horizonte e Zona da Mata.
No setor aeronáutico o destaque é para a expansão da Helibras, em Itajubá, onde será fabricado o modelo de helicópteros EC 725, que atenderá as Forças Armadas brasileira e também outros mercados da América do Sul e da África. O investimento na expansão soma R$ 420 milhões. A empresa vai duplicar a capacidade de produção e dobrar também o número de empregos diretos, passando de 300 para 600.
A atração de investimentos para o setor de alimentos foi bastante expressiva no ano de 2010 com R$ 562 milhões e geração de 2.569 empregos diretos e 8.628 empregos indiretos. Destacam-se os empreendimentos da Danone em Jacutinga, com a produção de água mineral, da Unilever em Pouso Alegre, com a produção de bebidas a base de soja, caldos e sopas e a Itambé, com investimentos da ordem de R$ 100 milhões em Pará de Minas para produção de leite longa vida, creme de leite, queijos e requeijão.
Ainda no setor de alimentos vale mencionar o importante polo chocolateiro que surgiu no Sul de Minas, com a implantação de projetos de dois conceituados fabricantes de chocolates: Barry Callebaut, para produção de chocolate ao leite, amargo e branco, mediante investimentos de R$ 50 milhões, e a Kopenhagen, para produção de chocolates, bombons, caramelos, panetones e outros produtos de confeitaria industrial, mediante investimentos de R$ 36 milhões.
São Francisco
Outro fato destacado pelo secretário Sergio Barroso foi a descoberta de gás natural na Bacia do São Francisco, anunciada oficialmente pelo governador Antonio Anastasia, e que tem a participação do Estado em um dos blocos. O consórcio formado pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) - 49% - e as empresas Orteng Engenharia (30%), Imetame Energia (10%) e Delp Engenharia (11%) detectou o gás no bloco 132 da bacia do rio São Francisco para exploração comercial.
O secretário observou tratar-se da primeira descoberta de gás em Minas Gerais, depois de quase 30 anos de estudos e prospecções. Os trabalhos de perfuração das áreas promissoras para exploração de gás natural ocorreram em Morada Nova de Minas, região Central do Estado, e tiveram início em julho. O gás foi encontrado em um poço pioneiro a 1.440 metros de profundidade, alvo secundário para o consórcio, que continuou a perfuração e alcançou 2.500 metros. As reservas da região do São Francisco foram estimadas em grandes proporções por empresas especializadas, o que vai contribuir para a redenção econômica daquela parte do território mineiro.
Agenda estratégica
O secretário Sergio Barroso lembrou que Minas Gerais possui uma Agenda Estratégica de Desenvolvimento Econômico, elaborada pela Sede, que propõe grandes escolhas e prioridades e indica o que não deve deixar de ser feito para manter e acelerar o crescimento econômico.
Ele explicou, em linhas gerais, que a visão de futuro para o desenvolvimento econômico de Minas Gerais para 2015 consiste em uma economia dinâmica, diversificada e competitiva, com crescimento econômico sustentável, inclusivo e maior participação relativa na formação do PIB nacional.
"Para atingir este objetivo foram estabelecidas algumas linhas de atuação como o aumento da competitividade e o valor agregado dos produtos mineiros, ampliação da inserção de Minas Gerais na nova economia, diversificando e consolidando a matriz produtiva atual, maior dinamismo e competitividade para os negócios nas diferentes regiões do Estado e ampliação e diversificação da infraestrutura. Isso exige continuidade de ações, o que deverá ocorrer a partir de 2011, e sintonia fina entre todos os membros do governo", concluiu.

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