O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, que foi coordenador da campanha de José Serra à Presidência, eximiu o ex-governador de Minas, senador eleito Aécio Neves (PSDB), de qualquer responsabilidade sobre a derrota do presidenciável. “O resultado em Minas foi parelho em relação ao resto do País”, justificou. “Aécio Neves é uma liderança importantíssima. Fez o que podia na eleição para Presidência”, afirmou.
Guerra desautorizou o coordenador do programa de governo de Serra, Xico Graziano, que culpou Aécio pela derrota de quase 20 pontos percentuais em Minas, Estado chave para a disputa nacional. No início desta noite, Graziano publicou no Twitter: “Perdemos feio em Minas Gerais. Por que será?”
“Ele (Xico Graziano) está equivocado. Não tem autoridade para fazer o comentário que fez. Se fez, equivocou-se. Eu falo em nome de todos com quem eu conversei hoje”, defendeu Sérgio Guerra. O senador creditou a vitória de Dilma Rousseff nas urnas ao que classificou de “força desproporcional da candidatura”. Para ele, o uso da máquina contra o PSDB foi “fundamental”.
Guerra evitou apontar falhas da campanha de José Serra. “Toda campanha tem muitas falhas, não é o caso de inventário delas hoje”, afirmou. E defendeu que o partido escolha o próximo candidato à Presidência daqui a dois anos.
Futuro de Serra
O senador também evitou falar sobre o futuro de José Serra. “Hoje ele acabou de encerrar uma disputa pela Presidência da República, não faz sentido eu discutir hoje o que ele vai fazer amanhã”. Ele, no entanto, enfatizou que Serra deverá decidir o que quer fazer como oposição.
“O papel de José Serra na oposição e no Brasil será o que ele quiser. Qualquer que seja sua vontade e sua decisão, será partidária e será aprovada por todos, mas a gente não sabe”, garantiu.
Pesquisas
Para Guerra, as pesquisas estavam certas mas também influenciaram eleitores. "As pesquisas nesse caso se confirmaram. E as pesquisas ajudam a confirmar as expectativas. Elas induzem votos também", confirmou.
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