quarta-feira, 16 de junho de 2010

Governo Aécio / Anastasia recupera o Balneário de Caxambú, patrimônio arquitetônico de Minas Gerais

Quase 100 anos depois de sua inauguração, o Balneário Hidroterápico do Parque das Águas Lizandro Carneiro, em Caxambu, no Sul de Minas, foi completamente restaurado e entregue à comunidade no início de junho, em atendimento à demanda da comunidade e à determinação dos Governos Aécio Neves e Antonio Anastasia.


Construído em 1910, com projeto do arquiteto Alfredo Burnier, o Balneário passou por uma reforma completa e uma cuidadosa restauração de todo o seu patrimônio arquitetônico. Toda a obra de reforma e restauro esteve em conformidade com as orientações do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG). Iniciada em março de 2007, a revitalização do Balneário de Caxambu, incluindo as obras de engenharia, a restauração, o paisagismo e o novo mobiliário, equivalem a um investimento de R$ 7,5 milhões, recursos da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig).
As obras de engenharia incluíram a troca do sistema elétrico e de iluminação, novos equipamentos hidrossanitários, caldeiraria e de telefonia, drenagem pluvial, reforma da subestação e um sistema de adução e armazenamento de águas minerais para atender ao balneário. Dois novos sistemas de segurança foram desenvolvidos no local: o Sistema de Proteção de Descargas Atmosféricas (SPDA) e o Sistema de Prevenção e Combate a Incêndio. Foram construídos, também, um refeitório e modernos vestiários para funcionários, em total conformidade com as exigências da Agência de Vigilância Sanitária.

Mereceram cuidado especial da Codemig, as saunas e as duchas, projetadas com o que há de mais moderno nesse setor. Dezesseis novas banheiras de hidroterapia foram instaladas, com programação de tratamentos, jatos, sistema de aquecimento e iluminação multicor. E o ineditismo fica por conta de um charmoso spa instalado no local, com piscina com acessibilidade a portadores de necessidades especiais e outros recursos. O mobiliário do Balneário também foi projetado para atender às demandas do local e de acordo com o projeto arquitetônico, cuidadosamente elaborado e aprovado pelo Iepha/MG.

Obras de restauração
Os serviços de restauração foram realizados por uma empresa especializada, com acompanhamento técnico e aprovação do Iepha/MG. Responsável anteriormente pela restauração do Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, a empresa assina a restauração no prédio principal do Balneário de Caxambu e em alguns bens integrados a ele – conjunto esse que carrega quase 100 anos de história.
Na edificação central do Balneário, os serviços compreenderam a revitalização das pinturas interna e externa, assim como a recuperação de toda a sua vidraçaria e ferragens. A intervenção abrangeu também a cobertura metálica da torre do relógio, o vitral, a escadaria de mármore de Carrara, as claraboias e ainda a decoração interna do hall principal. Foram recuperados, ainda, azulejos, pisos, escadas de ferro batido e vidros aramados. Todo trabalho restabeleceu o esplendor arquitetônico do início do século XX.
O arquiteto da Diretoria de Conservação e Restauração do Iepha/MG, Miguel Capobianco, informa que o projeto de restauração foi aprovado pelo instituto em 2006 e as obras tiveram início em 2007. “Pela primeira vez, o Balneário passou por uma restauração completa, o trabalho ficou excelente, tudo que o Iepha/MG solicitou em termos de restauração foi acolhido pela prefeitura do município e pela Codemig. As obras inclusive permitem agora a acessibilidade de cadeirantes”, analisa Capobianco.

Turismo
Caxambu integra a Associação do Circuito Turístico das Águas, certificada pela Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais (Setur-MG). Localizada num vale da Serra da Mantiqueira, a cidade de Caxambu concentra o maior complexo hidromineral do mundo. É da água que vem a história da cidade. São 12 fontes de água mineral de alto poder diurético e desintoxicante, cada uma com propriedades químicas diferentes da outra.
A Fonte D. Pedro, cujo nome é uma homenagem ao Imperador D. Pedro II, é a mais antiga e simbólica do Parque das Águas. O parque oferece deliciosas casas de banhos, gêiseres de água fria, lago, teleférico, jardins e alamedas, compondo um dos balneários mais charmosos do país.
A Secretaria de Estado de Turismo (Setur) em parceria com o Senac, promoveu em 2008, o Curso de Qualidade no Atendimento ao Turista, qualificando 27 pessoas. No mesmo ano, capacitou oito policiais em segurança turística. Em 2009, qualificou mais 56 pessoas no Curso de Hotelaria e Turismo, também em parceria com o Senac. E, por meio do Programa Especial de Sinalização Turística, os 10 municípios pertencentes ao Circuito das Águas, incluindo Caxambu, receberam 102 placas, nos anos de 2002 e 2005.

História
O Morro de Caxambum, como era denominado no século XVII, era rota de bandeirantes e já conhecido pelas “águas que borbulham”, em tupi. As fontes foram sendo descobertas aos poucos, e em 1841 já eram procuradas por pessoas para cura de problemas de saúde.

No final do século XIX, com a chegada da Princesa Isabel, que alcançou, por meio das águas ferruginosas, a cura de uma anemia e posteriormente conseguiu engravidar, Caxambu teve as virtudes curativas de suas águas reconhecidas e alcançou seu apogeu no início do século XX.

Em 1901 o povoado de Nossa Senhora dos Remédios de Caxambu se torna a Vila de Caxambu. No período foram feitos investimentos em infraestrutura e em 1915 é elevada à categoria de cidade. Recebe visitantes ilustres como Ruy Barbosa, que ajudou a espalhar a fama da cidade em todo o mundo.

Ao longo do século XX, o Parque das Águas ganhou equipamentos e elementos arquitetônicos que buscavam seu aprimoramento como espaço de tratamento de saúde, lazer e repouso. Entre essas intervenções estão as inúmeras estruturas em ferro, semelhantes a coretos de jardins públicos, construídas para abrigar as fontes de água mineral. Têm ainda destaque os trabalhos realizados pelo português “Chico Cascateiro”. São quiosques, pontes, passarelas e diversos elementos decorativos naturalistas.

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