sábado, 16 de janeiro de 2010

Aécio Neves inova na inclusão social criando o programa Campo Digital no Norte de Minas para jovens carentes.



O computador e a Internet se tornaram ferramentas básicas e quase indispensáveis para a obtenção de informação e conhecimento. Porém, muitos, especialmente no meio rural, não possuem acesso a essas ferramentas.

Para ajudar a mudar essa história e diminuir a exclusão digital entre os jovens rurais, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), em parceria com prefeituras e a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior implantou, em quatro municípios mineiros, o Projeto Campo Digital.
A ação envolve os municípios de Montalvânia e Taiobeiras, no Norte do Estado, Jequitinhonha e Minas Novas, no Vale do Jequitinhonha. Este ano, a meta do projeto é capacitar 400 jovens até outubro, sendo 100 em cada cidade. Até agora, 136 jovens já concluíram o curso.

O Projeto Campo Digital tem como objetivos principais diminuir o quadro de exclusão digital; reduzir o êxodo rural e promover a inserção social e profissional dos jovens rurais. “Esse programa busca dar aos jovens a oportunidade de permanecerem no campo e se transformarem em novos empreendedores”, diz o presidente da Emater-MG, José Silva.
O conteúdo do curso é todo disponibilizado em ambiente de aprendizado interativo on-line. As aulas acontecem de segunda à sexta-feira, nos Centros Vocacionais Tecnológicos (CVT) da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Os alunos recebem o material didático e o acompanhamento de monitores e os locais para o funcionamento dos CVTs são cedidos pelas prefeituras.

O curso, com duração de 60 horas/aula, é dividido em oito módulos. São oferecidas disciplinas sobre digitação, introdução à informática, navegação na Internet e até cidadania e ética. “É um ambiente totalmente ilustrativo, onde há demonstrações e o programa pede aos alunos para fazerem algumas atividades diversas”, diz o coordenador do projeto Campo Digital, Sérgio Antônio Fernandes da Silva.
Para ser aprovado, o aluno deve obter no mínimo 60 pontos. A evolução dos estudantes durante o curso é monitorada por meio de um software específico. Assim é possível saber quais deles estão enfrentando dificuldades. “A partir daí, nós avaliamos o que se pode fazer para melhorar o rendimento desse aluno”, explica Sérgio Fernandes.

Maíra e Jean dos Santos são irmãos e moram no assentamento Transval, no município de Jequitinhonha. Quando não estão auxiliando os pais, eles se dedicam aos estudos. Para Jean e Maíra a vida de estudante seria mais fácil se eles tivessem um computador e acesso à Internet.



“Geralmente, a escola dá trabalhos relacionados com a Internet”, explica Maíra Soares dos Santos. A família dos irmãos não tem condições de comprar um computador, mas isso não impediu que eles tivessem acesso ao universo digital. Maíra e Jean participaram da primeira turma do projeto Campo Digital, no município de Jequitinhonha. “O curso está nos incluindo num mundo mais globalizado e vai nos ajudar no futuro, principalmente na busca de um emprego”, diz Maíra.
Cínthia Ramos também é uma das alunas da primeira turma do curso no município de Jequitinhonha. Antes, o contato da estudante com o computador e Internet era mínimo. Depois de participar do projeto, Cínthia diz que se sente melhor preparada não só como estudante, mas também para o mercado de trabalho.

“Hoje eu já sei digitar um texto, entrar na Internet e mandar e-mail, dentre várias outras coisas”, conta a aluna. Em dezembro de 2009, os trabalhos da primeira turma do curso no município de Jequitinhonha foram concluídos. Os alunos receberam os certificados das mãos do presidente da Emater-MG José Silva. “É mais uma etapa concluída da minha vida, que vai me ajudar no futuro”, comemora Maíra.

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