Escolha de Pimenta é “excrescência”, diz Aécio; Leite ficou sabendo “pela imprensa”
Fábio Matos
Infomoney
Segundo o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), Lula deveria ter consultado o governador Eduardo Leite (PSDB) antes de escolher Paulo Pimenta (PT) para o cargo de ministro extraordinário da reconstrução do RS
A indicação do ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta (PT-RS), para o posto de ministro extraordinário da reconstrução do Rio Grande do Sul é uma “excrescência” e indica que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer politizar a tragédia no estado. Esta é a avaliação do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), uma das principais lideranças tucanas e muito próximo do governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB).
Segundo Aécio – que foi candidato à Presidência da República em 2014, derrotado no segundo turno por Dilma Rousseff (PT) –, Lula deveria ter consultado o próprio Leite antes de escolher Pimenta para o cargo. A decisão do presidente, segundo o PSDB, foi um desrespeito ao governador.
“O presidente Lula será responsável pela politização do drama por que passam os gaúchos. Ao indicar um adversário político do governador, o presidente, na verdade, pratica uma intervenção no estado, que tem um governador eleito para tal”, criticou Aécio, em entrevista à coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com o tucano, a escolha de Pimenta, que teria pretensões de disputar o governo do Rio Grande do Sul em 2026, “é um exemplo de que o presidente está mais preocupado com a politização do que com a efetividade das ações.”
“Todo o esforço colaborativo que tem havido até agora, e que reconhecemos, é jogado por terra por essa decisão impensada e extremamente equivocada”, afirmou Aécio.
Aécio Neves
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